terça-feira, 26 de novembro de 2013

FAMÍLIA E' O NOSSO BEM MAIOR!

Família é o nosso bem maior. Nossa herança genética. Nosso “tesouro encantado” que desde a nossa infância até os tempos de hoje, nos agrega valores e crenças que nos ajudam a evoluir nessa busca incansável de viver: a felicidade. Uma busca natural, e talvez o principal motor que nos move. Porém, aí vai uma dica: é mais feliz quem não se preocupa tanto em perseguir essa busca!
É nessa instituição – Família – que aprendemos em primeiro plano o que é amar, dividir, somar, contribuir, elaborar e, também, sofrer. Sofrer, porque tal sentimento está inerente ao sentimento de amar. Amar ao outro é, cada vez mais, enxergar de perto os defeitos e as imperfeições que até mesmo nós temos. Costumo dizer que, cada vez que criticamos alguém ou apontamos um erro desse alguém – geralmente no quadro familiar – é porque esse defeito deve ser nosso. E como em um efeito de espelho, eu vejo no outro, o que verdadeiramente é meu. Assim, antes de julgar seu familiar, reflita sobre o defeito que você julga ser supostamente dele. Perceba seu interior, e tente enxergar se, em alguma circunstância, aquele defeito que tanto está incomodando a você, não poderia também ser seu.
Pagamos nossas imperfeições da vida, “cumprindo pena” com nossas próprias atitudes. O mundo não é redondo em vão. As coisas e as pessoas têm uma sintonia ao acontecer. E é por essas e outras razões que escrevo aqui, em mais uma de minhas divagações, sobre o poder que uma família e seus conflitos têm nas nossas vidas.
Vocês sabiam que um estudo recente da pesquisadora Iris Mauss, da Universidade de Denver, afirmou que ter como foco apenas a felicidade pode trazer o efeito oposto, ou seja, aumentar a frustração e o descontentamento com a vida. Isto é, aposta-se todas a fichas na felicidade plena, criando expectativas elevadas e irreais, levando à decepção.
Citei esta pesquisa, para pensarmos o quanto nós depositamos no outro, principalmente, em um familiar nosso, a condição de afeição e felicidade. De perfeição e excelência. De tudo ou nada! Famílias do mundo inteiro passam por conflitos interpessoais, e vão continuar passando. Sabem por quê?
Porque, “conflitos” significam nosso cérebro pedindo, clamando para evoluirmos cognitivamente e psicologicamente. Conflitos existem para crescermos entre os nossos e nos fortalecermos interiormente. Conflitos são válidos quando entramos nele e saímos diferentes e mais maduros. Quando ele se apossa de nós e conseguimos domá-lo, nos apossando dele, somos, então, maiores do que nossos conflitos. Somos família!
Faço aqui um apelo às famílias em crises, as que conheço e as que não conheço. Àquelas as quais atendo e as que já atendi em meu consultório, e as que nunca verei um dia. Um apelo à não desistência dessa instituição tão funcional e forte, até mesmo ancestralmente falando. Um apelo pela reestruturação familiar, pela aceitação das diferenças, pela compreensão das regras quebradas, pela variada forma de amar o outro e pelo perdão como forma vertical e, às vezes, unilateral de existir.
Perdoe verticalmente. Desculpe-se horizontalmente. Ame incondicionalmente sua família!
Texto de: Karina Simões

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