Os discípulos são ensinados a discernir a história
para nela perceberem os sinais da proximidade do Reino de Deus. A figueira e as
demais árvores tornaram-se metáforas da escatologia. O verão se aproxima, na
certa, quando começam a brotar. Igualmente, é perceptível o surgimento do mundo
novo quando a morte cede lugar à vida, a escravidão abre espaço para a
liberdade, a injustiça é sobrepujada pela justiça, o ódio e a inimizade são
vencidos pelo amor reconciliador.
São as formas como o Reino se faz presente no seio da
humanidade , enquanto ação de Deus convertendo o coração humano. É a
escatologia fazendo-se realidade, enquanto concretização histórica dos
desígnios de Deus. É a realização dos anseios mais sinceros da humanidade
carente de salvação.
O mestre infundiu nos discípulos a certeza de não
estarem sendo enganados. A declaração "O céu e a terra passarão, mas as
minhas palavras não passarão" é a garantia da veracidade de tudo quanto
fora ensinado.
O ensinamento de Jesus vale para os cristãos de todos
os tempos. Também eles são desafiados a perceber o Reino de Deus que está
perto. A história deve ser devidamente discernida, de modo a se constatar como
o projeto de Deus está se realizando em pequenos gestos e situações. Um sinal
incontestável é o advento do amor e da misericórdia nas relações interpessoais.
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